terça-feira, 17 de maio de 2011

A inteligência prática

Rey (s/d) citado por Deldime & Vermeulen (1983) estudou, de uma forma experimental, como se comportam as crianças com idades compreendidas ente os 3 e os 7 anos de idade perante um novo problema prático. Exemplo da experiência: no fundo de uma garrafa encontra-se uma rodela de rolha na qual se fixou um parafuso de argola. Ao lado são postos diversos fragmentos de corda, flexíveis e rígidos. A criança é convidada a retirar a peça que se encontra no fundo da garrafa.
Entre os 3 e os 5 anos de idade, a criança não tem, de início, nenhuma ideia da necessidade de organizar um vínculo entre si, o instrumento e a situação presente. O seu primeiro gesto para “alcançar” a rodela é de estender para ela a sua mão e tentar atingi-la directamente (as crianças muito pequenas não viram muito bem a garrafa).
Entre os 4 e os 6 anos de idade, a criança antevê a utilidade que pode ter o material posto à sua disposição. Mas não faz qualquer escolha entre os utensílios: muda-os ao acaso e chega à solução após tentativas.
Entre os 6 e os 7 anos de idade, a criança substitui um instrumento por outro, tendo em consideração a relação existente entre o objectivo a atingir e os instrumentos postos à sua disposição. Um objecto é substituído por outro que se adapte melhor. Pode, eventualmente, assistir-se à descoberta imediata da solução: neste caso, a criança analisou os dados concretos da situação e deles retirou mentalmente os elementos da resposta antes de agir.

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